quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Voluntários do Unilasalle em Moçambique


O NAE Repórter, em sua primeira entrevista traz o trabalho de acadêmicos e professores na missão de voluntariado em Moçambique. No último dia 06/02 chegou ao Brasil o grupo formado por oito voluntários de IES Lassalistas que passaram 21 dias na Comunidade de Beira, em Moçambique.
O projeto Voluntariado Lassalista Brasil – Moçambique é uma proposta da Província La Salle Brasil-Chile e de responsabilidade dos setores da  Educação Superior da Rede La Salle e da Pastoral Universitária (http://voluntariadounilasalle.unilasalle.edu.br/).
Alicerçados no tripé lassalista de Fé, Fraternidade e Serviço, o projeto visa sensibilizar acadêmicos e colaboradores das IES Lassalistas do Brasil, oportunizando uma rica vivência humana e cristã da missão educativa lassalista em Moçambique.
A seguir, trechos das entrevistas com três acadêmicas do Unilasalle e com a Diretora de Graduação, professora Lúcia Rosa.

Como surgiu a idéia de ser voluntária em Moçambique?
Já participei de outras ações de voluntariado e, quando soube da missão lassalista em Moçambique, fiquei interessada em participar. A leitura dos livros do Mia Couto me intrigou muito quanto à vida na cidade africana, e gostaria de contribuir de alguma maneira com quem tanto necessita. Vivemos em um país cheio de oportunidades, é difícil imaginar como alguém pode viver sem água e luz elétrica. Amenizar essas dificuldades com dedicação e propostas de atividades pedagógicas, foi um desafio que me impulsionou ir para lá. Tive contato com vários professores, analisei livros didáticos e pude dialogar com muitos deles em palestras e informalmente. Essa foi uma grande oportunidade de conhecer a docência em outro país de língua portuguesa. (Professora Lúcia Rosa) 

Que sentimento fica desta experiência?
Sinto que ainda há muito a ser feito, mas embora nossa passagem por lá tenha sido curta, foi muito válida. Fomos muito bem acolhidos pelos irmãos e pela comunidade moçambicana, fazendo desta experiência algo realmente fraternal e inesquecível. Voltamos ao Brasil com o coração apertado, pois todos os momentos foram especiais e carregados de aprendizado. Posso dizer seguramente que tudo valeu a pena e que nossas vidas mudaram para sempre. Carina Malonn (acadêmica de História)

Convivendo por 21 dias com a comunidade de Beira, em Moçambique, aprendi a respeitar e a entender culturas diferentes. Um povo que em meio a tantas dificuldades é acolhedor e sorridente. Mas vi também o quanto o voluntariado do Unilasalle é importante para eles, sempre esperando um carinho e atenção. Crianças a espera de um estímulo, prontos e dispostos para aprender algo novo. Janete Schneider (acadêmica de enfermagem)

 Conte uma história marcante do contato com a comunidade.
O que mais me marcou nessa estada em Moçambique não foi bem uma história e sim uma visita ao Instituto de Deficientes Visuais da Beira (IDV), lá fiz uma pequena apresentação junto com uma colega, sobre aprendizagem e acessibilidade e podemos trocar conhecimento com os professores, ver as necessidades que eles possuíam e saber um pouco sobre as experiências de cada um. Conhecemos também a rotina dos alunos, eles nos deram uma pequena aula de braile e nos proporcionou uma nova experiência. Também fizemos um passeio pela comunidade. Fomos guiados por dois alunos, que nos mostraram o mercado Goto e a comunidade por volta do IDV. Foi um dos dias mais gratificantes que tive. Carolina Schwaab Marçal (Acadêmica de Ciências da Computação)

Muitos momentos foram marcantes e inesquecíveis - agora me vem à mente o sorriso de uma menina de 11 anos quando conseguiu montar um quebra-cabeça, após muitas tentativas, percebi que a falta de estímulo inviabiliza a realização de atividades pedagógicas. Aquele sorriso tão sincero e tão espontâneo me revelou a validade de estarmos ali. (Professora Lúcia Rosa) 



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