quinta-feira, 4 de abril de 2013

Economia Solidária e Vínculos



A colaboradora do Tecnosocial Unilasalle, Maria Isabel Rodrigues Lima, está lançando o livro Economia Solidária e Vínculos. O livro é resultado de uma pesquisa realizada no Mestrado em Inclusão Social pelo Centro Universitário FEEVALE na Cooperativa de Reciclagem do Vale do Sinos – COOLABORE, que teve como objetivo verificar se o trabalho coletivo/cooperado era capaz de produzir transformações nos vínculos familiares sociais dos cooperados.

Para a autora, a economia solidária não é somente uma forma diferenciada de trabalhar, mas sim uma forma de viver. Ela gera muitos benefícios, que vão desde a preservação ambiental, até o cuidado e respeito para com as pessoas, promovendo a inclusão, a ajuda mútua, a troca de saberes e o desenvolvimento humano. Enfim, a economia solidária é capaz de tornar a sociedade mais justa e humanitária.
Acompanhe a seguir a entrevista que Maria Isabel concedeu ao Blog:

Blog do NAE: Qual foi a vivência ou experiência que a fez escrever este livro?
Maria Isabel: Tive a felicidade de escolher essa Cooperativa para me inserir durante o período da pesquisa, visto que me propiciou uma vivência intensa ao conviver com os cooperados, ao desvelar a sua dinâmica de trabalho e principalmente ao me deparar com a economia solidária viva e pulsante, capaz de transformar os vínculos familiares e sociais dos trabalhadores que dela fazem parte.
BN: Como você avalia o passado e o futuro da economia solidária?
MI: A economia solidária surgiu devido às lutas dos trabalhadores, diante de um cenário de desemprego, de exclusão e de domínio de classes, o qual incitou a busca por outras formas de trabalho e de relação com a sociedade. Ao longo dos anos, o movimento da economia solidária passou a ter mais força e agregar mais pessoas, que visam gerar trabalho e renda praticando a autogestão, a solidariedade e a cooperação. A vivência desses princípios garantirá êxito às experiências de economia solidária. Tendo em vista que é preciso uma articulação entre os segmentos, e também com as diversas Políticas Públicas que estão sendo implantadas no campo da economia solidária, para que além de visibilidade e reconhecimento os Empreendimentos (sejam eles, cooperativas, associações, grupos informais, empresas recuperadas, etc) também tenham sustentabilidade.

BN: Qual é a principal idéia que o leitor terá ao acabar de ler o livro?
MI: O leitor perceberá o quanto o trabalho coletivo, baseado nos princípios da economia solidária, pode provocar transformações nos vínculos familiares e sociais de quem se deixa envolver por essa forma de trabalho.

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