A
colaboradora do Tecnosocial Unilasalle, Maria Isabel Rodrigues Lima, está
lançando o livro Economia Solidária e
Vínculos. O livro é resultado de uma pesquisa realizada no Mestrado em Inclusão Social pelo Centro Universitário FEEVALE na Cooperativa de
Reciclagem do Vale do Sinos – COOLABORE, que teve como objetivo verificar se o
trabalho coletivo/cooperado era capaz de produzir transformações nos vínculos
familiares sociais dos cooperados.
Para a
autora, a economia solidária não é somente uma forma diferenciada de trabalhar,
mas sim uma forma de viver. Ela gera muitos benefícios, que vão desde a
preservação ambiental, até o cuidado e respeito para com as pessoas, promovendo
a inclusão, a ajuda mútua, a troca de saberes e o desenvolvimento humano. Enfim,
a economia solidária é capaz de tornar a sociedade mais justa e humanitária.
Acompanhe a seguir a entrevista que Maria
Isabel concedeu ao Blog:
Blog do NAE: Qual foi a vivência ou
experiência que a fez escrever este livro?
Maria Isabel: Tive a felicidade de escolher essa Cooperativa para me
inserir durante o período da pesquisa, visto que me propiciou uma vivência
intensa ao conviver com os cooperados, ao desvelar a sua dinâmica de trabalho e
principalmente ao me deparar com a economia solidária viva e pulsante, capaz de
transformar os vínculos familiares e sociais dos trabalhadores que dela fazem
parte.
BN: Como você avalia o passado e o futuro da
economia solidária?
MI: A economia
solidária surgiu devido às lutas dos trabalhadores, diante de um cenário de
desemprego, de exclusão e de domínio de classes, o qual incitou a busca por
outras formas de trabalho e de relação com a sociedade. Ao longo dos anos, o
movimento da economia solidária passou a ter mais força e agregar mais pessoas,
que visam gerar trabalho e renda praticando a autogestão, a solidariedade e a
cooperação. A vivência desses princípios garantirá êxito às experiências de
economia solidária. Tendo em vista que é preciso uma articulação entre os
segmentos, e também com as diversas Políticas Públicas que estão sendo
implantadas no campo da economia solidária, para que além de visibilidade e
reconhecimento os Empreendimentos (sejam eles, cooperativas, associações,
grupos informais, empresas recuperadas, etc) também tenham sustentabilidade.
BN: Qual é a principal idéia que o leitor terá ao acabar
de ler o livro?
MI: O leitor perceberá o
quanto o trabalho coletivo, baseado nos princípios da economia solidária, pode
provocar transformações nos vínculos familiares e sociais de quem se deixa
envolver por essa forma de trabalho.
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